sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Nostalgia

Saudades dos nossos momentos juntos vividos.
Enquanto corríamos e brincávamos na relva petrificada.
Saudades daqueles devaneios amontoados em um canto.
Caminhávamos sempre perto. Andávamos de mãos dadas na estrada.
Saudades de olhar pra você e enxergar o que eu almejava ser.
Palmadas e situações adversas.
Saudades de poder contar contigo, éramos um bando. De dois.

Um bando que estava em constante divergência. Um bando de dois.
Pensamentos bons me rondam, seu ser é, e será onipresente em minha vida.

Pensava em crescer ao seu lado, lhe desenhava como Apolo.
Na água era Poseidon. Na minha vida era um irmão.
Não usarei mais o verbos no pretérito... É. Não deixou de ser.

Momentos que não vou esquecer, situações que não pretendo esquecer.
Não desejo.

Podemos viver anos juntos, podemos morrer anos antes, nascer meses depois.
Queremos tudo junto com o vazio.
Queremos o nascer do sol, acompanhado de dois quilos de afeto.
Buscamos a felicidade, suplicamos pelo amor. Rejeitamos-o em seguida.
Rejeitamos por não saber usá-lo, por ter medo de aceita-lo, por queremos crucifica-lo.
Crucificamos a nós mesmo.

Felicidade instantânea. Saudade permanente.
"Saudades de momentos que ainda não vivi".
Quero viver, contudo, que seja explicitamente, quero que seja somente para mim. Quero que saiba. Quero saber. Todos podem.

Posso pensar em ti como qualquer coisa, penso em ti como tudo, não penso em ti, quando penso, penso sim.
Saudades disso e daquilo. Saudades de você e de nós.

Subitamente.

Um comentário:

  1. Que texto lindo!
    "...éramos um bando. De dois. [...]Um bando de dois...."
    Profundo. Íntimo.

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